Para quem está à frente de um negócio menor, a conversa sobre ESG – Ambiental, Social e Governança – pode, à primeira vista, parecer distante da realidade do dia a dia. No entanto, essa percepção talvez obscureça as vantagens concretas que a adoção de uma postura ESG pode trazer para empresas de todos os tamanhos. Não se trata apenas de responsabilidade social; é sobre otimizar o negócio de dentro para fora, fortalecer a relação com os clientes e se preparar para um futuro onde a sustentabilidade será um fator ainda mais determinante.
O primeiro passo nessa jornada não exige grandes investimentos. Começa com um olhar atento para as próprias operações: como utilizamos nossos recursos? Qual o impacto que geramos? Como tratamos nossa equipe? Uma avaliação honesta, mesmo que feita em uma planilha simples, já oferece um panorama inicial valioso.
A partir dessa visão, a chave é entender o que realmente importa – tanto para o negócio em si quanto para aqueles que se relacionam com ele: nossos clientes, colaboradores, fornecedores, a comunidade. Mapear essas prioridades, mesmo que de forma intuitiva no começo, ajuda a direcionar os esforços para onde eles terão o maior impacto.
O planejamento das ações não precisa ser complexo. Metas claras e específicas, com responsáveis definidos e prazos realistas, são o ponto de partida. Pequenas mudanças no dia a dia, como a escolha de equipamentos mais eficientes ou a implementação de práticas de redução de resíduos, já fazem diferença. O importante é começar e mostrar um progresso constante.
Acompanhar esse progresso também não demanda sistemas sofisticados. Definir alguns indicadores simples e revisá-los periodicamente permite entender o que está funcionando e onde ajustes são necessários. A beleza de um negócio menor muitas vezes está na agilidade para implementar mudanças e corrigir rotas.
Acredito que o engajamento da equipe é um fator crucial. Quando as pessoas que fazem a empresa acontecer no dia a dia se sentem parte desse processo, as ideias surgem e a implementação se torna mais natural. Compartilhar os resultados, mesmo que modestos no início, reforça o compromisso e motiva a continuidade.
Para as pequenas empresas, a jornada ESG não precisa ser uma maratona solitária. Buscar parcerias locais, com outras empresas, ONGs ou até mesmo órgãos públicos, pode trazer apoio e novas perspectivas. O importante é dar o primeiro passo, mesmo que pequeno, e construir a partir daí. A sustentabilidade, no final das contas, não é um destino, mas um caminho de aprendizado e aprimoramento contínuo.