Pensando bem, quando a gente embarca na jornada ESG, logo percebe que não dá para começar a construir a casa pelo telhado. Primeiro, é preciso entender o terreno, certo? No nosso caso, esse “terreno” é o Diagnóstico ESG. Ele serve justamente para isso: dar um panorama claro de onde a empresa se encontra em relação aos critérios da NBR 2030.
O resultado desse mergulho inicial não é só uma nota qualquer. A gente entrega uma avaliação de como a empresa performa nos pilares Ambiental, Social e de Governança, um nível de maturidade ESG bem definido – com pontuação geral e por cada tema relevante.
Quando é a hora de usar o Diagnóstico? Logo de cara, na implantação das práticas ESG, ou então naquela revisão anual para ver se a gente está no caminho certo. Afinal, para planejar qualquer ação, o primeiro passo é saber “onde é que eu estou agora”.
Depois de ter esse mapa da situação, aí sim a gente entra no Planejamento ESG. A ideia aqui é pegar esse diagnóstico e transformá-lo em um roteiro de ações práticas e organizadas. Não fica só na teoria, sabe? A gente cria trilhas de ação personalizadas, seja por projeto, por área da empresa ou até por cliente, no caso de consultorias. Uma coisa bem interessante é que a Matriz de Materialidade é gerada quase que automaticamente, a partir das respostas do diagnóstico. Isso ajuda a focar no que realmente importa. E claro, montamos um cronograma com as iniciativas, os responsáveis por cada uma e os prazos definidos. Também dá para cadastrar os stakeholders e definir os critérios de sucesso para cada ação.
Quando o Planejamento entra em cena? Assim que o diagnóstico estiver pronto. Com o “onde estamos” bem claro, o próximo passo natural é traçar “para onde vamos” e, principalmente, “como vamos chegar lá”.
A diferença principal entre os dois módulos é o foco. Enquanto o Diagnóstico ESG mira em avaliar o “estado da arte” da sua ESG – o ponto em que você se encontra hoje –, o Planejamento ESG se concentra em definir o “o quê fazer” e o “como fazer” para que a empresa evolua. Para rodar o Diagnóstico, a gente precisa das respostas a um questionário padronizado, baseado na NBR 2030. Já para o Planejamento, usamos os resultados desse diagnóstico, junto com dados dos projetos e dos stakeholders envolvidos. A entrega final do Diagnóstico é essa pontuação de maturidade e o ranking por tema. Do Planejamento, saem as trilhas de ação, a matriz de materialidade e o cronograma das iniciativas. Quem usa cada um? Geralmente, o Diagnóstico é mais para executivos, analistas e equipes de auditoria. Já o Planejamento é a ferramenta dos gestores de projetos, consultores e líderes de área.
Para integrar os dois na rotina, o caminho mais lógico é começar pelo Diagnóstico. Aplica o questionário com as pessoas-chave da empresa, analisa o dashboard para ver onde estão os principais gaps. Com essa visão clara, aí você parte para o Planejamento. A Matriz de Materialidade já sai quase pronta, e você pode criar as trilhas de ação priorizando os temas de maior impacto. Depois, é só atribuir os responsáveis e definir os prazos. Para fechar o ciclo, o monitoramento contínuo pelos dashboards ajuda a acompanhar o progresso. E, a cada seis ou doze meses, refazer o diagnóstico é essencial para medir a evolução e garantir que a estratégia ESG esteja sempre alinhada com os objetivos da empresa.
No fim das contas, entender a função de cada módulo – o Diagnóstico mostrando o ponto de partida e o Planejamento indicando a direção – é o primeiro passo para uma gestão ESG que realmente faça a diferença.